Fazendo um mundo melhor.
Esse blog foi uma iniciativa surgida a partir de uma página criada há alguns meses no Facebook. Os textos e links disponíveis interagem com os posts na página "Criando Sustentabilidade".
A proposta do blog é contribuir para uma legitimação e execução de ações sustentáveis individual e coletivamente.
Tentaremos informar, educar e esclarecer alguns pontos sempre obscuros nesse tema.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Imagine um site como esse no Brasil.
Se considerarmos o princípio 10 do Pacto Global, essa iniciativa vai de encontro à realidade de nossas dinâmicas mercantis. Fico imaginando se esse site, ao invés de indiano fosse brasileiro. Será que teríamos histórias interessantes para contar? Segundo o jornal português "Negócios", vários países já adotaram a iniciativa. Acredito que para mudarmos as coisas devamos começar assim, informando na rede quando as coisas estão erradas.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
A sustentabilidade em sete lições: aprendendo nas comunidades carentes.
Você pode até pensar que dá muito trabalho mudar seus hábitos, porém o que você chama de “trabalho” é a rotina das pessoas menos favorecidas em matéria de consumo e renda. Os chamados pobres, aqueles que moram em comunidades carentes e vivem num “submundo” que a maioria das pessoas de “bem” têm medo de freqüentar, passam lições importantes de sustentabilidade:
1º Todo o lixo sempre é dividido entre restos orgânicos e resíduos de embalagens e afins. Os restos orgânicos compostos de carnes e restos de refeições são destinados aos animais de estimação como cães e gatos e complementam sua dieta quando não é toda ela. Com exceção dos ossos de galinha-que são secos e triturados- cujo pó é misturado à dieta para enriquecê-la em proteína. Os restos e resíduos de embalagens são separados e acumulados quando não reciclados para outros usos. O restante dos resíduos orgânicos como cascas de frutas, ovos e legumes são misturados e depositados em pequenos jardins ou hortas, com exceção de cascas de frutas cítricas, como limão, laranja e abacaxi que podem se transformar em chá, depois de secos, ou aromatizantes naturais quando imersos em garrafas de álcool ou depositados em vasos e pratos (também depois de secos) servindo como decoração no ambiente.
2º Roupas velhas transformam-se em panos de chão, tapetes, colchas de retalhos, bonecas, travesseiros, etc. ou são tingidas e transformadas em novas peças ou acessórios.
3º Sobre hortas caseiras, geralmente são plantadas ervas como boldo, manjericão, alecrim, favaca, cebolinha, coentro, salsinha, hortelã, pimenta, etc.; ou itens, dependendo do terreno disponível como abóbora, couve, abobrinha, chuchu, maracujá, goiaba, amora, pitanga, ameixa, repolho, rúcula, tomate, pimentão, morango, limão cravo, laranja, cana –de- açúcar, banana, café, jabuticaba, e até coco e açaí (conhecida aqui no sul por Jussara), milho. Em alguns lugares encontra-se até abacaxi e manga. Pra esse tipo de plantio, com exceção das árvores, são utilizados vasos improvisados de latas de tinta, tambores plásticos, embalagens pet, caixas de plástico, baldes velhos e tudo que possa conter uma quantidade de terra suficiente para cada planta. As plantas mais rasteiras como chuchu, abobrinha, maracujá, figo, bucha, são encontrados aparados em grades de madeira aproveitada de caixotes ou móveis velhos cobrindo muros de divisão entre as casas ou barracos.
4º Móveis velhos e utensílios de cozinha são transformados em outras peças de mobiliário ou em artesanato. Nada, ou quase nada se perde.

5º Eletrodomésticos são vendidos em última estância de uso aos ferros-velho ou usinas de reciclo.
6º Energia elétrica é economizada o máximo possível, como também outras formas de energia como carvão ou querosene.
7º Água muitas vezes é pasteurizada nos telhados em garrafas pet transparentes depois de recolhida pela chuva em recipientes grandes, nas áreas mais remotas, possibilitando sua utilização no preparo de alimentos e seu consumo como razoavelmente potável. A população de Cochabamba, Bolívia possui o know-how desse tipo de utilização.
Parece que a carestia dos seres humanos nos dá pistas de como é possível a perfeita convivência sustentável, todavia no Brasil, a população começa, em nome de uma prosperidade econômica crescente e recente, a rejeitar esse uso exemplar de recursos e toma como exemplo o que a fatia da população considerada mais abastada financeiramente tem de pior: o desperdício.
O desperdício de recursos não pode mais ser considerado sinal de prosperidade e sim sinal de ignorância e desdém inconseqüente ao planeta. Já não temos escolha e já não podemos adiar a inevitável mudança do estilo de vida contemporâneo.
Que possamos aprender com os menos favorecidos a sabedoria que salvará nossos recursos para as gerações futuras.
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