Fazendo um mundo melhor.

Esse blog foi uma iniciativa surgida a partir de uma página criada há alguns meses no Facebook. Os textos e links disponíveis interagem com os posts na página "Criando Sustentabilidade".
A proposta do blog é contribuir para uma legitimação e execução de ações sustentáveis individual e coletivamente.
Tentaremos informar, educar e esclarecer alguns pontos sempre obscuros nesse tema.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

APROVEITAR O PODER DOS SUPERMERCADOS PARA AJUDAR A REVERTER A OBESIDADE INFANTIL




Um novo relatório da Fundação Robert Wood Johnson (RWJF) e The Trust Food examina estratégias de marketing que podem ajudar os pais, tutores e jovens escolher e comprar alimentos mais saudáveis ​​e bebidas no supermercado. Lançado em 03 de abril de 2011, na Saúde, a Food Marketing Institute e Conferência de Bem-Estar, na Flórida, Aproveitar o Poder de Supermercados para ajudar a reverter à obesidade infantil inclui estudos de caso e recomendações sobre as táticas de marketing, como promoções, colocação e fixação de preços na loja, que pode encorajar uma alimentação saudável e aumentar a satisfação do cliente e ajudar a aumentar a lucratividade de alimentos varejistas.
O relatório fornece os destaques de uma reunião co-organizado pela RWJF e a The Food Trust em junho de 2010. Mais de 60 líderes de saúde pública, os varejistas de alimentos, fabricantes de alimentos, designers de produtos de consumo e os comerciantes se reuniram na Filadélfia para discutir o papel vital que os supermercados podem desempenhar no fornecimento de acesso a alimentos saudáveis ​​a preços acessíveis em todas as comunidades, e o papel único que podem desempenhar na reversão da epidemia de obesidade na infância, especialmente em comunidades de baixa renda e multi-étnica. Ao longo da reunião, os participantes trabalharam para encontrar "win-win-win" (ganha-ganha-ganha) de soluções para consumidores, varejistas e fabricantes.
Algumas das recomendações incluem:
  • Fazer a conexão entre dietas saudáveis ​​e bons lucros. Demanda dos consumidores por produtos saudáveis ​​é crescente, e muitos fabricantes estão mudando seus portfólios numa direção de produtos mais saudáveis ​​, enquanto os varejistas estão desenvolvendo formas inovadoras de vender estes produtos.
  • Criação de parcerias intersetoriais para desenvolver, avaliar e difundir inovações de marketing prática com alto potencial para tornar os alimentos saudáveis ​​mais atraentes e disponíveis, tais como a substituição de doces e snacks no check-out corredores com produtos mais saudáveis ​​e criação de marcas para frutas e legumes frescos.
  • Desenvolvimento de um sistema de classificação para identificar  lojas que atendem aos padrões definidos para a juventude saudável orientando práticas de marketing focadas na promoção de uma vida com mais qualidade.


    http://www.rwjf.org/files/research/20110411foodtrustsupermarket.pdf

    segunda-feira, 8 de agosto de 2011

    A Responsabilidade Social

    As Empresas hoje tentam maximizar lucros tornando-se eficientes e eficazes, a partir da chamada “terceira revolução industrial” a teia de relações mercantis torna-se complexa  por sua trama elaborada onde num aparente caos,  os fios vão compondo um enriquecido e resistente tecido social  cuja finalidade está na aparente evolução humana.
    Não se basta atualmente o discurso de que consumindo nós contribuímos para a geração de empregos e a perpetuação de nossa economia e sociedade. Não se trata mais de economia, uma vez que  nunca o mundo foi tão rico. Segundo o Banco Mundial, cerca de 50 trilhões de dólares é a soma do PIB mundial e cerca de 170 trilhões de dólares giram anualmente se levarmos em conta depósitos bancários,  valor de títulos públicos e privados e o valor de todas as ações de mercado.   O dinheiro nunca foi tão abundante.
    A responsabilidade social hoje para a comunidade empresarial se limita aos acionistas e consumidores.  A geração de empregos, só se for ao setor de serviços, pois na produção há um aumento crescente na automação o que dificulta a manutenção do modelo tradicional que sustenta a lógica capitalista.  Considerando então a exclusão social mundial de cerca de 2,1 bilhões de pessoas, as corporações vivem e se preocupam com apenas dois terços da humanidade.  Cerca de 60 países numa comunidade global de 193 países detém apenas 11,1% de toda a riqueza produzida no mundo.  Enfim, não se engane:  a exclusão social está presente também nos países mais ricos.  Não se trata mais de gerar empregos ou resolver as questões sociais, se trata apenas de acumular capital numa guerra de sobrevivência feroz onde o poder é medido em cifras monetárias.  A Responsabilidade Social além de nicho de mercado promissor é calcada no objetivo de garantir as melhores condições de vida desses dois terços da população em detrimento do restante.  
     Prova disso, em 2010, as maiores empresas do mundo apresentadas pela revista Forbes são constituídas em sua maioria por empresas no setor financeiro. 

    Se você está chocado, não fique, isso já aconteceu na História da Humanidade.  Se você acha perfeitamente natural considere a situação numa ótica histórica. 
    Se você está chocado, não fique, isso já aconteceu na História da Humanidade.  Se você acha perfeitamente natural considere a situação numa ótica histórica.
    O auge do Império Romano no reinado de Trajano(54 d.c.-117d.c.) e posteriormente de Adriano(117d.c. a 138d.c.) marcaram algumas dinâmicas sociais parecidas e ainda aplicadas com sucesso no nosso modelo social atual, lá também cerca de um terço da população era escrava(condição comparada com o nosso excluído social). O problema é que com a decadência desse modelo romano culminou-se no que se conhece em história como Idade Média ou Idade das Trevas.   A diferença a considerar-se é que a população desse Império chegou ao máximo em cerca de 60 milhões de pessoas e ainda existiam alguns continentes ricos em recursos naturais ainda a serem explorados.  Tendo alternativa de dispersão territorial e reconstrução de um modelo social mais apurado e melhor, garantiu  uma Renascença cheia de possibilidades, novos recursos e novos territórios.  Atualmente, com uma população 100 vezes maior e sem possibilidades de dispersão e reconstrução,  ainda pensamos como romanos só que de modo high tech. Até nas questões sociais inclusive. Roma era somente para os romanos, o mundo hoje é somente para aqueles que podem consumir. 
    O velho discurso da má distribuição de renda como causadora da desigualdade social cede lugar ao novo discurso subliminar de que a desigualdade social é um mal necessário para a preservação dos recursos naturais dos quais a população e a economia dependem.  Há reflexões interessantes nesse sentido, como a dedução de que se todos os habitantes do planeta tivessem acesso ás melhores condições que nosso atual modo de vida pode oferecer, teríamos que ter mais uns dois planetas Terra.  Tem gente que leva isso tão à sério que o descobrimento do Gliese 581g causou furor na comunidade astronômica aumentando inclusive os investimentos nesse setor.
    Irônico, a soberba humana atinge tamanho grau de insanidade que ao invés de nos preocuparmos em rever e refletir nossas aspirações e hábitos de vida para preservar o planeta em que vivemos, depositamos nossas responsabilidades numa comunidade mundial  de aproximadamente 2.500 astrônomos para que encontrem outro planeta para que possamos explorar e manter nosso modo de vida atual.
    A dicotomia entre o homem e a natureza que já está presente e explícita na ganância generalizada e difundida amplamente como virtude humana, nos empurra numa batalha perdida onde o principal desafio está na qualidade de adaptação inerente aos seres humanos para a sobrevivência. Olha quanto dinheiro movimenta o negócio de aquisição de terrenos na Lua, sim, existem pessoas comprando o direito de exploração de recursos e ocupação da Lua. Pesquise.
    Se a história se repete em matéria de humanidade só mudando seu contexto, só me cabe imaginar se o novo ‘pega pra capar!”se dará quando a humanidade, que hoje surfa numa nova onda apocalíptica, travar uma guerra santa contra algum extraterrestre por algum planeta pelo sagrado direito de ser humano e, portanto ter a supremacia na utilização de recursos naturais. Delírio? Não, ficção, como em Avatar ou Falling Skies (se eles foram mais avançados). Por quê? Vamos analisar o que eu quero dizer com a lógica da “onda apocalíptica”
    A onda da lógica apocalíptica já levou o homem na Idade Média a extirpar todo um conhecimento milenar de qualidade de vida e evolução social, com base em crenças religiosas e textos “sagrados” (Bíblia, Torá, Alcorão, Mahabharata, etc.) o que culminou nas Cruzadas e num genocídio sem precedentes para a época e cujo resgate desse conhecimento ainda é fragmentado pela ilusão do moderno, do novo como sinônimos de progresso.
    A nova onda da lógica apocalíptica que se observa nos dias de hoje é mais complexa, contudo, também baseada em crenças religiosas e textos “sagrados” (Relatórios de desempenho das bolsas de valores, balanços patrimoniais, pesquisas de consumo, etc.)  talvez nos leve a extirpar os recursos do planeta em que vivemos.  Se isso acontecer realmente eu me pergunto como será o resgate, melhor, estaremos vivos para resgatar alguma coisa?
    A arqueologia moderna nos traz inúmeros eventos históricos a partir do estudo dos fragmentos do antigo quase possibilitando uma reconstrução de um ciclo de nascimento, vida e morte de diferentes civilizações que já existiram no planeta, geralmente perto do fim as civilizações tinham como prioridade o acúmulo de riquezas de modo desesperado.  Existe uma possibilidade de comparação e de previsão sobre o que nos espera logo ali no futuro próximo enquanto civilização.
    A impressão que às vezes tenho é que estamos ingressando numa nova Idade Média, inevitável e num ritmo dez vezes mais acelerado do que no passado. Só que dessa vez não será pela fé de um lugar no paraíso, mas sim, pela fé no poder do dinheiro em nos garantir um lugar ao Sol.  Qualquer Sol em qualquer lugar no espaço. Irreal, delirante, pois é agora pense: qual será nossa alternativa real e palpável nesse caminho que atualmente seguimos enquanto humanidade? Pensando friamente e sem exageros ou drama à extinção dos um terço de excluídos e do outro terço que não detém riqueza suficiente. Exagerei? Comente!