Em plena contagem
regressiva para Rio+20, muitas discussões e muitas ideias permeiam todas as
pessoas sobre os rumos do nosso futuro comum.
Em todos os apelos
e inovações existentes no universo virtual, poucos, muito poucos, trabalham a
base fundamental para que as mudanças socioambientais ocorram: a água.
No relatório do
Programa Mundial de Avaliação de Recursos Hídricos (WWAP), um programa da ONU‐Água com sede na UNESCO, os números são
alarmantes, contudo é interessante pontuar a análise do relatório sobre a
interdependência existente no “nexo agua‐alimentos‐energia”. Simplesmente não dá para discutir
novas formas de produção e de economia verde se não se fizer essa consideração.
A maioria dos
processos produtivos industriais, atualmente, necessita em todo ou em parte de água
doce. Mesmo os processos de produção energética de algum modo dependem de água.
A produção de alimentos também depende de água. Temos um aumento considerável e
acelerado da população mundial. A ONU calcula que em 2050, precisaremos
produzir 70% a mais de alimentos do que produzimos hoje.
Mesmo com todos os programas e políticas
locais de preservação e tratamento da água, 80% das águas servidas (esgoto e
similares) ainda não é tratado.
O relatório
apresenta em detalhes a situação hídrica mundial e aponta alguns caminhos a
serem considerados na elaboração das políticas públicas atuais e futuras sobre
o tema. Que a humanidade sofrerá os efeitos da falta de água é uma certeza e
verdade irrefutável, a dúvida é apenas o “quando” isso ocorrerá.
Uma qualidade da
água que sempre esquecemos e nunca pensamos, ela flui em todas as brechas
possíveis, não respeita cercas ou filosofias ou ainda direitos de propriedade,
existe e continuará existindo, todavia talvez não tão potável ao consumo humano
e animal. Antes de achar que não é seu problema, lembre-se que o mundo
permanecerá mesmo depois de extinta a raça humana, ou seja, o mundo não acabará,
você e todas as pessoas do mundo é que deixarão de existir... A escolha, no fim
das contas, é sua.
As opções: 1ª:
continuar alienado em seu mundinho particular acreditando que o ganho
financeiro garantirá sua existência e a de seus familiares ou participar mais ativamente
dos dispositivos sociais já criados (e que hoje mínguam justamente pela não
participação da sociedade) e 2ª: trabalhar não só para o seu clã, mas para
todos na aldeia global.
Sei que todo esse
discurso “chove no molhado” expressão no português que indica redundância. O
risco está em que essa expressão mude o sentido, num futuro não tão distante, para
indicar alguma lenda mitológica se é que existirá alguém para usá-la ou ouvi-la.
O relatório poderá ajudá-lo a se inteirar da situação, porém o verdadeiro “conhecimento
que liberta” estará em como você utilizará essa informação em seu dia-a-dia em
prol de você mesmo, dos próximos e da coletividade. Opte consciente.
Se ainda não assistiu, assista o documentário "Ouro Azul" no link filmes interessantes, aqui no blog.
Maiores
informações sobre o relatório: