Fazendo um mundo melhor.

Esse blog foi uma iniciativa surgida a partir de uma página criada há alguns meses no Facebook. Os textos e links disponíveis interagem com os posts na página "Criando Sustentabilidade".
A proposta do blog é contribuir para uma legitimação e execução de ações sustentáveis individual e coletivamente.
Tentaremos informar, educar e esclarecer alguns pontos sempre obscuros nesse tema.

domingo, 15 de abril de 2012

"Chovendo no Molhado" até quando teremos água para isso?


     
Em plena contagem regressiva para Rio+20, muitas discussões e muitas ideias permeiam todas as pessoas sobre os rumos do nosso futuro comum.
Em todos os apelos e inovações existentes no universo virtual, poucos, muito poucos, trabalham a base fundamental para que as mudanças socioambientais ocorram: a água.
     No relatório do Programa Mundial de Avaliação de Recursos Hídricos (WWAP), um programa da ONUÁgua com sede na UNESCO, os números são alarmantes, contudo é interessante pontuar a análise do relatório sobre a interdependência existente no “nexo aguaalimentosenergia”. Simplesmente não dá para discutir novas formas de produção e de economia verde se não se fizer essa consideração.
     A maioria dos processos produtivos industriais, atualmente, necessita em todo ou em parte de água doce. Mesmo os processos de produção energética de algum modo dependem de água. A produção de alimentos também depende de água. Temos um aumento considerável e acelerado da população mundial. A ONU calcula que em 2050, precisaremos produzir 70% a mais de alimentos do que produzimos hoje. 
 Mesmo com todos os programas e políticas locais de preservação e tratamento da água, 80% das águas servidas (esgoto e similares) ainda não é tratado.
     O relatório apresenta em detalhes a situação hídrica mundial e aponta alguns caminhos a serem considerados na elaboração das políticas públicas atuais e futuras sobre o tema.     Que a humanidade sofrerá os efeitos da falta de água é uma certeza e verdade irrefutável, a dúvida é apenas o “quando” isso ocorrerá.
     Uma qualidade da água que sempre esquecemos e nunca pensamos, ela flui em todas as brechas possíveis, não respeita cercas ou filosofias ou ainda direitos de propriedade, existe e continuará existindo, todavia talvez não tão potável ao consumo humano e animal.   Antes de achar que não é seu problema, lembre-se que o mundo permanecerá mesmo depois de extinta a raça humana, ou seja, o mundo não acabará, você e todas as pessoas do mundo é que deixarão de existir... A escolha, no fim das contas, é sua.
     As opções: 1ª: continuar alienado em seu mundinho particular acreditando que o ganho financeiro garantirá sua existência e a de seus familiares ou participar mais ativamente dos dispositivos sociais já criados (e que hoje mínguam justamente pela não participação da sociedade) e 2ª: trabalhar não só para o seu clã, mas para todos na aldeia global.
Sei que todo esse discurso “chove no molhado” expressão no português que indica redundância. O risco está em que essa expressão mude o sentido, num futuro não tão distante, para indicar alguma lenda mitológica se é que existirá alguém para usá-la ou ouvi-la. O relatório poderá ajudá-lo a se inteirar da situação, porém o verdadeiro “conhecimento que liberta” estará em como você utilizará essa informação em seu dia-a-dia em prol de você mesmo, dos próximos e da coletividade. Opte consciente.

Se ainda não assistiu, assista o documentário "Ouro Azul" no link filmes interessantes, aqui no blog.
Maiores informações sobre o relatório: