Jean Baudrillard em sua obra “A Troca Impossível” nos demonstra a impossibilidade que temos em ‘trocar’ o mundo, pois não temos parâmetros concretos de comparação com outro mundo semelhante. Não conhecemos outro planeta como a terra e nem parecido, ainda não fizemos contato com outra “raça humana”. Toda a possibilidade de troca ou mudança fica, portanto nesse sentido, relegada ao campo do pensamento.
O processo do pensar está baseado em signos que também geram contradições, incoerências e mal entendidos de toda a ordem. Daí talvez, a inevitável e incoerente atitude autodestrutiva da humanidade hoje.
Sabemos que os recursos estão escassos ou escasseando, sabemos que devemos mudar nossos hábitos de vida e de consumo, pois bem, nos últimos cinco anos houve aumentos significativos de consumo de bens e de recursos energéticos por todo o mundo, não só nos países desenvolvidos, mas nos países emergentes também.
Enfim, como nós simples cidadãos, simples indivíduos, poderemos contribuir? Como podermos fazer história? E daí outra barreira: como você, um entre 6,5 bilhões de indivíduos poderá fazer história? Utilizando o poder de raciocínio humano faça uma reflexão nas seguintes bases:
1º - Todos os grandes nomes da história não tinham como prioridade a fama e a fortuna. Queriam apenas contribuir para a melhora do processo, seja nas ciências ou na sociedade daquele momento em que viveram. Muitos deles viveram e morreram em condições modestas senão miseráveis.
2º - Grandes feitos em eventos históricos como na Revolução Francesa, Revolução Russa, a Independência da Índia, o fim do Aphartaide africano e americano foram eventos protagonizados inicialmente por pessoas comuns como eu e você. Só pesquisar.
3º - A história da humanidade é por natureza seletiva, contudo, ela nos chama diariamente, a cada um de nós. Exemplo? Um clássico do verão de 480 A.C.: Será que o Rei Leónidas na batalha das Termópilas (conhecida por Batalha dos 300) tinha em mente que uma simples decisão pessoal diante do inevitável o faria ser eternizado até os dias de hoje como o salvador de Atenas e, por conseguinte, da nascente Civilização Ocidental? Acredito que não. Ele apenas fez o que achava certo naquele momento: lutar o melhor que podia e morrer com honra. Era a sua natureza, para isso viveu e morreu.
4º - E qual a sua natureza? Para que vivemos e morremos? Quando conseguirmos o melhor de tudo que o dinheiro pode comprar e depois qual será a meta? Se cada um dos 6,5 bilhões de seres humanos do planeta entrassem para História, como seriam contadas suas vidas? Considerando o atual estado de nossos recursos planetários, para quem seriam contadas?
5º- Recomendo também que assista ao documentário Zeitgeist: Moving Forward.
Depois de pensar um pouquinho, me conte suas reflexões.
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